As imagens fazem parte de nosso cotidiano. Elas comunicam, estabelecem relações, transmitem ideias e afetos, delimitam grupos e circuitos sociais, atestam ou contestam “fatos”, podem ser expostas ou censuradas e, assim, se apresentam como parte significativa da experiência humana no e com o mundo. As imagens se sujeitam às escolhas de quem as produz, encomenda, patrocina, de quem as coloca em circulação, seja no seu contexto inicialmente planejado ou através das mais diversas descontextualizações. Até mesmo as imagens mais pretensamente inocentes e objetivas, como aquelas fotografias que congelam um instante familiar no tempo ou registram a segurança de um recinto, estão sujeitas a enquadramentos e intencionalidades. Talvez nenhuma imagem seja produzida inocentemente. Mesmo que seja, ela pode ser reapropriada e ressignificada. Diante de tantos usos e possibilidades, esta obra coletiva congrega estudos e partilhas sobre arte de rua, figurinhas, mangás, charges, ilustrações, fotografia, cinema e percepção visual, visando fornecer um panorama diverso para pesquisadores e curiosos na temática das visualidades.